Colocando os olhos sobre mim mesmo do jeito certo

Por Lúcia Fernanda Costa Castro, CRP: 06/14231

Você já parou para pensar que além da pele, existe um ser humano, cheio de medos, dores e inseguranças? Além da pele, existe uma história, marcada por lutas e embates de guerras.

Atualmente parar para refletir sobre autoestima, empoderamento e autocuidado é essencial, principalmente ao relacionar com questões como a insegurança. A princípio, é importante ter em que mente que a autoestima não pode ser reduzida ao conceito de autoimagem, ou seja, como o indivíduo se vê. É necessário ampliar mais o olhar sobre si mesmo e começar a identificar que existem crenças e conceitos formados ao longo da história que formam a maneira como o indivíduo também pensa sobre si, este é o autoconceito. Além da forma como consegue lidar com suas habilidades e com a ideia de autoeficácia, só assim, reunindo essas competências iniciais, pode-se começar a avaliar a existência de uma autoestima adequada ou desadequada.

Ao pensar sobre a relevância e a importância que sinais, manchas ou cicatrizes na pele desempenham nessa relação única dos seres humanos com a pele, pode-se observar também a presença da autocrítica, dos medos e autossabotagem recorrentes, em situações em que o julgamento do que o outro pode pensar e como será avaliado em um círculo social entra em cena, se com acolhimento ou preconceitos. Dessa maneira, é fundamental refletir sobre circunstâncias que não podem ser modificadas e outras que precisam ser ressignificadas.

Antes de entrar em uma armadilha da autossabotagem, compreenda que as emoções vem e vão e que podemos aprender a lidar com elas como forma de enfrentamento, uma destas maneiras é promover um espaço entre a autocrítica e o julgamento por alguns minutos, de forma que haja abertura para o nascimento de um diálogo interno em que as seguintes perguntas possam ser respondidas a luz da racionalidade emocional:

  1. Que necessidade (o outro ou eu mesmo) estava tentando satisfazer com o comportamento de aceitar ou não determinado convite?
  2. Quais crenças ou consciências influenciaram o comportamento?
  3. Que dor, mágoa ou julgamentos influenciaram o meu comportamento?

Nossa cultura cultivou e passou a expor muito a ideia de valor baseada em conquistas como uma casa própria, a conquista do diploma ou o iPhone do ano, mas a assimilação dessa única ideia de valor pode ser distorcida e até mesmo mortal. Desenvolver um diálogo interno com a autoestima é um convite ao exercício diário, dessa forma, é bem melhor se concentrar em suas próprias experiências e observações, compreendendo que o verdadeiro valor humano é impossível de ser determinado.

Diante dessas questões, busque ter em mente declarações para lembrá-la de que você pode aceitar você mesmo, sem tanta culpa ou julgamento, busque encontrar em sua história respostas mais compassivas, a exemplo da compreensão, aceitação e perdão. Algumas refutações eficazes que você pode usar são:

  1. Todos são diferentes, com pontos positivos e negativos diferentes.
  2. Sou quem eu sou, sem comparações.
  3. A única maneira de saber a opinião dos outros é perguntando diretamente.

Por fim, pense a respeito do que você entende de si mesma, a medida em que você for descobrindo suas habilidades, além da pele. Progressivamente isso vai se tornando seu diferencial e vai personalizado seus ganhos e conquistas, enfrentando o medo, a insegurança e a autossabotagem, em suma, você começa a obter liberdade na forma como você pensa sobre si e se enxerga.

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